Como tudo na vida, o nosso organismo envelhece gradualmente com o passar dos anos. São alterações que ocorrem lentamente e com evolução gradual: perda de colágeno, gordura, fibras elásticas e de vasos sanguíneos, diminuição da melanina capilar e também redução dos folículos capilares (estrutura responsável pelo crescimento capilar) essas são modificações que iremos perceber visualmente: rugas, flacidez, fios brancos e a calvície.
Com o tempo, que varia bastante de pessoa para pessoa, o cabelo começa a perder suas propriedades naturais: a fibra capilar perde a capacidade de produzir um fio íntegro e saudável, também há redução na produção de melanina, o que leva a mudanças físicas não muito queridas: perda na densidade capilar e o surgimento dos fios brancos. A calvície e a canície estão intrinsecamente ligadas a idade, por isso que quando um jovem fica calvo ou grisalho ele aparenta ser mais velho do que realmente é.
Claro que existem outros fatores que impactam em na nossa vida e podem influenciar no envelhecimento: stress, fatores oxidativos, má alimentação, pouco sono, consumo de substâncias toxicas, álcool, cigarro, entre outros. Tanto que existe pessoas que têm 60 anos e parece que têm 80, já outras têm 60 anos e parecem que têm 50. Como lidamos com o nosso corpo e a nossa vida, e não apenas nutricionalmente e praticando esportes, mas também do ponto de vista psicológico, do ponto de vista de ser feliz, isso também vai determinar como nós vamos envelhecer. E o envelhecimento como um todo, vai reflete no nosso corpo, da saúde a aparência.
Um dia, você está penteando os cabelos em frente ao espelho e se depara com aquele fio branco. O primeiro fio branco, quase ninguém esquece (e quase todo mundo arranca!). A cor dos cabelos é determinada pela melanina, que é produzida por células específicas: os melanócitos. A canície ocorre porque os melanócitos não conseguem mais produzir melanina, tornando os fios sem cor. O fio branco é na verdade transparente, ele não tem pigmento. É como uma vareta de vidro que sofre a refração da luz e brilha, por isso o aspecto branco ou acinzentado.
Normalmente, este processo se inicia aos 30 anos, porém alguns fatores como a hereditariedade, stress, qualidade de vida e quadros anêmicos podem tornar o esbranquiçamento mais precoce ou mais tardio. Existe uma análise de que o cabelo mais grosso sofre a canície mais precocemente do que os fios finos. Imagine que nós temos uma fábrica que produz o pigmento do cabelo e que existe um estoque finito de “tinta” para usar ao longo da vida. Então o cabelo mais grosso vai requerer mais pigmento e o estoque vai acabar mais cedo.
No entanto, cedo ou tarde, todos nós ficaremos grisalhos em algum momento da vida.
Com a perda da melanina, o cabelo se torna mais sensível e mais suscetível ao ressecamento. Embora não exista nenhum tratamento eficaz contra a canície, nada que evite o surgimento dos fios brancos.
“Arrancar um fio branco faz nascer mais dois. ” Isto é um grande mito, arrancar assim como não faz nascer outros dois brancos, também não faz crescer um fio ‘colorido’. Uma vez que o cabelo perde a coloração, não voltará a ter pigmentação novamente. Sem contar, que a prática de arrancar os fios brancos pode causar falhas no cabelo. A única forma, hoje, de ocultar os fios brancos, é colorindo-os artificialmente com tonalizantes.
O ideal para manter os fios brancos saudáveis é realizar hidratações periódicas, principalmente para quem os tinge, o uso de produtos específicos e uma alimentação rica em proteínas (aves, ovos, carnes), zinco (frutos do mar, tomate e pimentão) e cobre (sementes de abóbora e gergelim, ostras e chocolate amargo) podem ajudar a manter a vitalidade do cabelo e uma aparência saudável.
Ao longo dos anos, o ritmo de crescimento do cabelo diminui, tornando o menos denso. Os folículos capilares passam a produzir fios cada vez mais finos e menores, até atrofiarem e deixar uma área totalmente calva. Existe uma ligação bem linear entre a idade e a calvície, a grosso modo podemos dizer que 20% dos homens na faixa dos 20 anos serão calvos, 50% dos homens na casa dos 50 anos serão calvos e 70% dos homens com 70 anos serão calvos. Quanto antes se iniciar a calvície, o grau será mais severo normalmente. A grande maioria dos pacientes com calvície chegam até o grau 6.
Porém, aos 60 anos, inicia-se a calvície senil, onde todos os fios de cabelo começarão a afinar. Isso, o componente senil, vale tanto para os homens quanto para as mulheres. Essa perda capilar é um processo natural intrínseco do envelhecimento.
Claro que a idade não é a única responsável pela perda dos cabelos: stress, doenças autoimunes, disfunções metabólicas, carência nutricional, alterações hormonais e a genética também podem ser causadores ou agravantes desse quadro.
Ao contrário do que ocorre com a canície, onde todo mundo uma hora ou hora, ficará com os cabelos brancos, a calvície não atinge a todos, embora estudos recentes mostrem que METADE dos homens na faixa dos 50 anos, apresentam algum grau de calvície.
Hoje podemos contar com diversos tratamentos para o controle da calvície e para a reversão (de alguns casos) de queda capilar. Embora muitas vezes apenas o tratamento não resolva definitivamente, ele ajuda a estabilizar o quadro e conter a progressão, o que já é uma grande melhora.
O transplante capilar é, atualmente, o único método realmente eficaz contra a calvície. No entanto, é preciso que o paciente tenha cabelo doador para que o procedimento seja possível: retira-se o cabelo do próprio paciente e o implanta na região calva).
Já a tricopigmentação é uma grande aliada para a ‘camuflagem’ das áreas calvas, em especial para pacientes que por algum motivo não possa recorrer ao transplante capilar.
Independente de quantos anos você tiver, ao perceber queda mais intensa do que o normal, o nascimento súbito de vários fios brancos ou o afinamento do cabelo, procure um dermatologista. Quanto antes soubermos o que está comprometendo o crescimento e vitalidade dos fios, melhor.
Lembrando que nada substitui o relacionamento médico-paciente, portanto a consulta presencial com o seu médico é indispensável. As informações contidas neste artigo não pretendem substituir a consulta ao profissional médico ou servir como recomendação para qualquer plano de tratamento. Em caso de dúvidas procure seu médico. A Medicina é uma ciência em constante mudança, os artigos são produzidos baseados nos Artigos Científicos mais recentes até a data de postagem.